Saudação

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Romance Horizontal – saga de cabeceira


Por George W de B Cavalcanti*


O que acontece em espaços de humana interação tem lá os seus equívocos; faz parte,

Como em todo romance, só o tempo o valora, o consagra ou reconhece,

Uma relação decantada requer tempo, é assim que se constrói;

Muitas vezes atravessando épocas em sua história.


Mas, inegavelmente tem seu charme como todo personagem que preze a consagração,

Varia em sua forma e no figurino, mas, sempre com a causa e o efeito da arte,

Tantos são os cenários em que é colocado, em roteiro radical endurecido;

Esvaziado, emagrecido, plano e reto ao feitio de uma tábua.


Em dimensão maior ou mesmo pequeno, sua textura funde-se com o tecido próximo,

O que o envolve, o que se revolve ao redor ou o que com o social interage,

Desejado é vestido de novo pano e constantemente afagado e abraçado;

Tanto faz a amplidão do cenário, porque sempre o repouso emerge.


Séculos a fio quem sabe, seja no calor ou no frio, tamanho idílio se conte em milênio,

Porque é marcante e por sempre útil, acessível, prestativo e muito versátil,

Ora na cabeça ou aos pés, mas, muitas vezes no centro de uma arena;

É no entremear do cotidiano, quando vai construindo a sua glória.


Sabemos que no íntimo é plena satisfação quando à cabeça e coladinho face a face,

Em aconchego de corpos, a favorecer o conforto e o prazer em sigilosa folia,

Há em seu jeito certo querer ser, estar e permanecer algo confortável;

Massageando a têmpora e recolhendo a baba ou apoiando a nuca.


Quando em momentos serenos queda-se contemplativo como a dizer sussurrando,

Aproxima a amado e musa, porque o lema é seu convite ao usar que não abusa,

Até mesmo quando em batalha ousa não machucar, é suave, gentil e amável;

Nesse interminável afã é solo ou dueto afável que não se faz de rogado.


Bela essa estória assim recheada, é exótica porque alterna em ser sigilosa e notória,

Desfia-se a velar o sono, e em sua insônia embala os sonhos na guerra e na paz,

Tantos são os aspectos a envolver quase todos, a mim, a você e aos outros;

Quando oferece o ombro amigo, seja no chão, na rede ou na cama.


Seu silêncio eloquente é bom ouvinte no campo, na cidade ou em qualquer poltrona,

Permuta isonômica, fértil e útil na troca pródiga, e acessível ao rico e ao pobre,

Sua validade não se discute, na vinda da vida e também no leito de morte;

Assim, se mostra sempre útil como fermento do sábio, e adubo ao fútil.


Enfim, me cabe ir por aqui concluindo esse périplo na parceria, seja chorando ou sorrindo,

Enquanto o tempo conduz a condizente mensagem sempre a pernoitar em cada leito,

O romance de travesseiro agradou até ao Redentor, o mais sincero indo e vindo;

Ao queixar-se quando, o Filho do Homem, não tinha onde repousar a cabeça.



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